Efemérides

É preciso deixar ir embora

em
10 de novembro de 2015

Eu começo esse texto pedindo desculpas. Não pelo silêncio dos últimos dias, esse tão necessário durante meu luto. Mas à todas as pessoas que de alguma forma eu ofendi ou fui insensível ao escrever o texto “É preciso ir embora“. Algo que se deve entender aqui, é que eu sempre estive na posição de quem partiu, tão cheia de expectativa rumo a novas aventuras, e por isso não entendia em profundidade a dor de quem fica no porto ou aeroporto abanando em saudade – todo tipo de saudade. Hoje, no entanto, eu passo a entender a dificuldade de não ter perto dos olhos, quem mora no coração. E eu tive que aprender a me despedir da forma mais dolorida e irreversível. Não suficiente, tal lição veio através da pessoa que eu mais amei e amo nesta vida.

Há um mês eu perdi meu irmão. Encontrei-o inconsciente após o que indicava um mal súbito/convulsão, e depois de tentativas de soprar toda a minha vida pra dentro dele, minha ilusão dissipou-se ao ouvir meu pai, anunciando com a voz desesperançosa, que ele havia partido. “Morreu”, disse em choque. E com apenas uma palavra, um verbo estranhamente conjugado no passado, uma parte de nós, do nosso presente – de tempo e de Deus – também se foi. Rasguei minha garganta em gritos de discórdia e desespero. Era como se naquele instante o tempo tivesse parado, ressaltando cada detalhe da falta de sorte que nos esmagava contra o chão. Abracei minha mãe enquanto ela implorava para eu dizer que aquilo era uma mentira. Nunca vou me esquecer dos olhos dela, antes tão cheios de amor, e ali naquele momento, vazios. Um gosto amargo tomou conta da minha boca, da minha vida. O Leonardo havia ido embora pra uma viagem sem volta, cujo destino eu não tinha visto de entrada. Com o meu coração sangrando nas mãos, chorei por não ter me despedido, e desde então não se acordou um único dia que não tenha sido regado a lágrimas de saudade.

Eu nunca falei do Leonardo aqui por dois motivos bem sinceros. Diferentemente de mim, o Léo sempre foi muito comedido – nada como a irmã que nunca teve papas na língua pra tornar o privado, público. E eu sempre respeitei isso. Além do respeito, a incapacidade de traduzir em palavras o que meu irmão significa pra mim. Já soltei o verbo sobre minha mãe, pai, sobre os irmãos gêmeos, minhas melhores amigas. Nunca sobre o Leonardo, e talvez apenas para o Leonardo. A dificuldade possivelmente está no fato de que ele personifica (ainda no presente) todos estes papéis. Meu irmão, meu melhor amigo, meu responsável, meu pupilo, meu protegido, meu confidente, meu filho, meu pai. Minha alma gêmea. Alguém cujo meu coração sempre bateu em sintonia, desde os primeiros anos da infância. Dono do meu amor maternal e fraternal coexistindo. Guardião da melhor parte de mim. Ser feliz ao lado do meu irmão sempre foi fácil. E se eu fui destemida a vida toda, era porque com ele ao meu lado, eu nunca tive nada a temer. E isso tudo mudou.

O luto da maior perda da minha vida trouxe a urgência de aceitar uma despedida sem qualquer preparo e em praça pública. Com sua partida tão antecipada e não anunciada e tendo ele passado mal dentro de casa – vieram as perguntas. “Como e por que ele foi embora?” e nós não sabíamos responder, ninguém sabia. Muito embora o Léo tivesse passado mal outras duas vezes neste ano, ambas resultando em convulsões, nenhum exame apontava qualquer alteração ou falência. A causa declarada no óbito como indeterminada, potencializou nossa dor, fez ecoar a nossa impotência frente à fragilidade da vida e alimentou uma culpa irracional constante – “o que aconteceu?”; “por que não deu tempo de fazermos mais exames?”; “como podíamos tê-lo salvo?” e lógico “queria ter ido no lugar dele”. Frente à falta de respostas, não demoraram muito para os abutres levantarem suas hipóteses infundadas, fomentadas pela curiosidade mórbida do ser humano e completo desconhecimento da pessoa que meu irmão era – uma pessoa alegre, bondosa e inteligente. Um futuro psiquiatra promissor, vivendo possivelmente a melhor fase da sua vida através da formatura de medicina no mês de dezembro, o início de uma bolsa de PhD, um visual novo lindo que finalmente combinava com sua personalidade e as novidades alegres trazidas pela maturidade. O meu irmão era a favor da vida, e fã nº1 da dele, e ouvir falácias supondo o contrário neste momento de despedida foi como perdê-lo duas vezes.

O aviso do ocorrido postado pela família no seu perfil do Facebook foi dito “mal escrito” e “inadequado” – agora me explica, existe jeito certo? Tem etiqueta ou tutorial para este tipo de despedida? Com que estrutura (de texto ou emocional) se notifica o fim da vida de um amor? Em meio ao nosso drama, ainda houve quem reivindicou viuvez de forma pública, sem nunca ter conhecido meu irmão, num ato desesperado de 15 minutos de fama em cima da dor alheia, para uma plateia de desinformados que bateu palmas para um amor que nunca existiu ou existiria – ao menos não aquele, eu é que sei. Era como se em meio à partida do meu irmão, tivéssemos ficado encarregados de toda a bagagem que ficou pra trás, não dele, mas impertinentemente a dos outros. Tudo tão público e incompatível com generosidade do meu irmão. Logo ele que preservava tanto sua privacidade e a dos outros. Eu me culpei por falhar com meu irmão no fim de tudo – eu fui calada pela dor da perda durante dias e não consegui protegê-lo de todo e qualquer mal, ainda que tratando-se de sua memória.

“Você sempre sabe como cuidar de mim”, o Léo me disse dias antes de partir. E talvez seja por isso que eu esteja tão perdida agora. Minha vida ganhou sentido no dia em que o Leonardo nasceu, e como irmã mais velha me pareceu linda a tarefa de sempre zelar por ele. E eu zelei. Quando puxava a cama dele pra perto da minha quando ele tinha medo de dormir sozinho. Quando saímos de casa juntos, para habitar um lugar neutro durante o divorcio dos nossos pais. Quando fiquei ao seu lado após uma cirurgia, para só sairmos do hospital se fosse juntos. Quando ele teve dúvida em relação a fazer e seguir com a medicina. Estive ao lado dele pra dar mijada e pra brigar quando ele não se cuidava – única razão pela qual a gente brigava. Para dar apoio em qualquer decisão. “Irmã” (como ele me chamava) sempre foi o meu título mais honroso e que definiu quase tudo do meu caráter até hoje. A minha existência sem a do Leonardo, me parece uma incoerência da vida, um engano do destino. É como se eu fosse um par de meias que perdeu o pé esquerdo – sem propósito, guardada numa gaveta escura. Uma porta trancada sem a chave.  “Avião sem asa, fogueira sem brasa”. Como ressignificar?

“É preciso deixar ir embora” – Frase proferida diversas vezes nos primeiros dias de luto, antes repetida como um conselho maldito, e hoje, ordem para o meu primeiro passo.

E é preciso deixar ir embora.

Hoje começo a entender que mais difícil e importante que aprender a ir embora, é aprender a deixar alguém partir. Seja essa partida temporária, com reencontros confortantes. Seja uma partida eterna, como a do meu irmão. E sei que só existe UM conforto para toda e qualquer separação – viver intensamente as pessoas que amamos durante o tempo que se tem. A ordem é nunca deixar nada pra trás. O Léo foi coautor de cada uma das minhas histórias. Eu vivi intensamente o meu irmão. Amei-o todos os dias da minha vida, disse e demonstrei esse amor, mesmo quando discordávamos. Eu celebrei o Leonardo a cada conquista, e ajudei-o em cada tombo. Então veja, eu não tenho nada pra me arrepender do nosso tempo juntos, porque ele foi aproveitado com cada batimento do meu coração.

Hoje também sei que o aprendizado de deixar ir embora é um período solitário, intransferível e demorado.  Haverá de deparar-se com a separação – temporária ou permanente – e obrigatoriamente fazer dela um período de ressignificação pessoal. Não importa a quantidade de pessoas que te rodeie, existirá por um bom tempo uma solidão latente, pois a ausência de qualquer pessoa – como a do meu irmão –  não pode e nem nunca será substituída. É intransferível porque por mais que meu pai, minha mãe, ou mesmo meus irmãos pequenos, estejam passando pela mesma perda, a nossa conexão com o Leonardo é única, e desta forma cada um de nós sente a dor e a saudade de uma forma também muito singular.  E não existe “tratamento” rápido. O processo anda a passos de formiga, todo dia é um desafio e o tratamento visa minimizar os sintomas da dor, mas nunca cura.

Ainda que solitário, intransferível e demorado, permitir que outras pessoas estejam por perto dando apoio, é talvez o único jeito de tolerar esse momento de adaptação e ressignificação. E aqui não haverá surpresas – eu vivi isso – você saberá sem nenhuma dúvida, quem vai te ajudar de verdade, seja com o ombro, com o colo ou simplesmente compartilhando do teu silêncio. E fomos sortudos em ter uma legião de anjos ao nosso lado durante o último mês, nos segurando sempre que a dor foi mais forte, e por eles temos uma gratidão que não pode ser traduzida em palavras.

Hoje sei que deixar ir embora é importante em respeito aos objetivos de quem está de partida ou quem já partiu. Se for por vontade, destino ou “porque Deus quis” (“aspas” aqui porque ainda estou de mal com Ele). Ir embora é etapa importante da vida de uma pessoa, e sei que não cabe a ninguém questionar as razões. Aprendi que não posso ser âncora na evolução pessoal ou espiritual de ninguém. E também sei que essa despedida não pode ser uma âncora na minha vida – não porque devo qualquer coisa ao meu irmão, mas porque a felicidade é um compromisso que eu assumi comigo mesma há muito tempo, o que sempre foi motivo de orgulho pra o Leonardo.

É preciso deixar ir embora porque tudo na vida é transitório, e eu confio no tempo – e somente nele – para me ajudar a conviver com a dor da saudade.  Entendo que não existe outro caminho que o caminho do meio – não tem como desviar ou contornar esta etapa de despedida/luto, é preciso encarar todas as suas fases. E para estes momentos não almejo ter força, mas coragem – porque viver além da despedida, exige coragem permanente. E aqui reforço o pedido de desculpas que fiz no início deste texto, se minimizei ainda que sem querer, a complexidade de uma despedida. Porque é preciso coragem para quem vai e também para quem fica. Então sempre que houver medo, dúvida ou tristeza – e vai acontecer muitas vezes – que minha família, eu e todas as pessoas que precisam, possamos ter coragem para perseverar.

É preciso deixar ir embora. Nas etapas da vida, e também na passagem para o outro lado – passagem essa, que talvez seja a única, que todos nós já temos reservada.

Fim da sessão.


Nota para o meu irmão:

Leuo, eu sei que tu não lias o meu blog (“eu não quero ler tuas sacanagens!”) e que tu deve ter coisas mais importantes pra fazer onde tu estiveres. Lamento “quebrar nosso sigilo”, mas falar em ti passou a ser a única forma de te sentir mais perto – então eu ainda vou falar muito em ti. Esse com certeza não é o texto que tu merece, e creio que eu jamais serei capaz de escrever algo a tua altura. Ainda assim que fique registrado aqui também, que foi o maior privilégio e honra estar ao teu lado neste plano e te agradeço por ter me escolhido para esta viagem – curta sim, mas cheia de amor e lindas memórias. Agradeço também porque sei que, assim como em outras viagens que fizemos, tu vais reservar os melhores lugares aí em cima, para o dia que estivermos lado a lado outra vez. Até lá, vou acumular milhas de felicidade e bondade por nós dois. Eu prometo.

Bombinhas (SC), 1990Léo descobrindo que adora o colo na irmã (1)

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60 Comments
  1. Responder

    Maria Rita

    8 de outubro de 2020

    Antonia,

    Te acompanho a tantos anos e preciso dizer que me identifico tanto.
    Especialmente esse texto já me fez chorar tanto, porque eu perdi meu grande amor, meu irmão, exatamente como você.

    Zenon, era seu nome.

    Obrigada por compartilhar, por continuar, por nos encorajar.

    • Responder

      Antônia no Divã

      6 de abril de 2021

      Oi Maria Rita. Recebo teu comentário com o coração quentinho e retribuo o teu carinho. Beijos em ti e no Zanon, de onde quer que ele esteja. A.

  2. Responder

    Luciana

    16 de março de 2020

    Já havia lido teu texto a tempos atrás, mas hoje, 6 meses após perder meu irmão também
    consigo entender exatamente o que tu sentiu, o que sentes.
    Perder um irmão, é perder um pedaço nosso.

  3. Responder

    Alda Angélica Souza Borges Giovanini

    22 de março de 2018

    Considero muito delicado e absolutamente generoso você escrever não só para nós, mas por nós.
    Grata! Que sua vida permaneça plena!
    Abraço carinhoso!

  4. Responder

    Mateus

    16 de janeiro de 2017

    Eu posso imaginar sua dor, sei que ela é única no mundo, e que não há nada igual a ela… tbm tive minhas perdas, mds, vivo mutilado, pedaços que se foram pra sempre e que me deixaram um vazio sem fim… vivo perdido em meus vazios, tentando me encontrar… me vi muito em seu texto… acredito que hoje, depois de algum tempo, algumas coisas tenham mudado, mas a saudade continua a mesma… coragem, eu te desejo muita coragem, a mesma coragem que desejo a mim tbm, pra continuar seguindo.

  5. Responder

    Nady Fialho

    26 de agosto de 2016

    Entendo você, mas ainda não aprendi a deixar ir. Meu filho morreu há um ano e quatro messes. Tinha 31 anos, amava a vida é tinha uma vida invejavel. Morri junto, tenho tanto medo de estar magoando-o já que nada sei ou entendo da morte. Gosto muito da forma que vc escreve, das suas opinioeseda da sua, que é a coisa que mais sinto falta. Meu filho transbordava juventude. Aproveito seu espacopara falar um pouco nele, porque as pessoas se cansam rápido por isso evito . Obrigada pelo carinho de dividir conosco suas empcoes

  6. Responder

    André de Souza

    2 de agosto de 2016

    Texto lindo, lindo, lindo!

  7. Responder

    Daniele Macêdo

    27 de dezembro de 2015

    Há alguns dias uma prima me falou desse post. No entanto, não tive coragem de vim olhar logo. 3 anos atrás perdi minha irmã. Ela era 1 ano e 5 meses mais nova que eu e era tudo pra mim. Eu tinha 14 anos e ela 13. Foi o pior momento da minha vida. Quando tudo aconteceu eu não quis acreditar, minha ficha demorou para cair. Eu não queria falar nem ouvir o que ninguém me falava pq nada parecia certo. Hoje sinto uma dor adormecida, quando essa dor acorda me consome e me sufoca. Não existe ninguém no mundo que possa amenizar a falta dela na minha vida. Todos os planos, todos os sonhos, tudo incluia ela. Me imaginar hoje sem ela no futuro é uma tortura diária. Sinto muito. E obrigada por compartilhar conosco esse momento. Infelizmente não posso dizer nada que vá fazer você se sentir melhor e no meu caso não queria ouvir nada. O tempo é o único a nosso favor. Beijos.

  8. Responder

    Gabi

    27 de novembro de 2015

    Mto amor para vcs, boas lembranças… é só uma passagem, vcs logo se encontrarão novamente… 😉

  9. Responder

    valentinamcValentina

    25 de novembro de 2015

    …que lindo, e que dor. Brigada por colocar em palavras coisas que a gente também pode sentir junto. <3

  10. Responder

    Nanny Ruivo

    17 de novembro de 2015

    “Léuo” … – como eu gostava de chamá -lo, sempre foi uma pessoa indescritívelmente “ímpar” … Adoravelmente amado, incomparavelmente “único”.
    Dou graças por tê-lo conhecido, convivido pouco mão tanto quanto eu gostaria, mas o conhecido, e cada momento vivido ao seu lado será eternizado em minha mente e meu coração.
    Como Tia Nira disse e prefiro acreditar… tem uma “estrelinha” lá no céu a olhar pelos seus entes queridos.
    Prima, não somos tão íntimas, mas todos os dias oro e rogo a Deus que a cada dia minimize está dor e a transforme em Saudades.
    Te Amo viu?
    Fique com Deus.
    Beijos em seu coração.

  11. Responder

    Carolina

    17 de novembro de 2015

    Chorei! E não consegui ler o texto todo, é muito emotivo pra alguém tratando de pânico e ansiedade que vive e morre pelos irmãos mais novos. Não há uma unica palavra existente que eu pudesse te dizer pra te fazer sentir melhor, queria poder te dar um abraço apertado, quem sabe assim ajudava, mas infelizmente não é possível! De qualquer forma sinta-se abraçada, e a a frase certa é: “Vai melhorar!” Com o tempo a dor melhora, não que vá deixar de doer, mas melhora.
    Fique firme, se agarre em Deus, ou naquilo em que acredita, daqui eu peço a Deus que te console, você e sua família. “Vai melhorar!”

  12. Responder

    Regina Frederico

    17 de novembro de 2015

    Antônia, sinto a sua dor, pois meu irmão Alexandre partiu a um mês. Mas busco meu conforto no sorriso aberto daquele rosto lindo e de sempre dizer “tranquilidade”, para todas as dores. Olhar pro futuro sem ele, é muito embaçado para meus olhos neste momento, mas sinto que no caminhar da vida, meus olhos vão se clarear e meu coração sabe que a cada passo dado, é também um passo pra estar mais próximo dele e de meus amados pais. Tenho a vida pra seguir e ser feliz.
    Meu carinho à vc é dizer “TRANQUILIDADE”. Bjs querida. Regina Frederico.

  13. Responder

    Tatzie

    13 de novembro de 2015

    “Não importa a quantidade de pessoas que te rodeie, existirá por um bom tempo uma solidão latente, pois a ausência de qualquer pessoa – como a do meu irmão – não pode e nem nunca será substituída.”
    Maravilhoso texto, Aline! Pelo jeito, escrever bem é de família…
    Traduziu muito bem em palavras o que a mente confusa tantas vezes não consegue decifrar… Já perdi meu pai e agora um dos meus melhores amigos, do qual eu chegava a ser uma fã incondicional… Mas é isso… É preciso deixar ir embora… Faz parte da nossa evolução… O Tempo é o Senhor de Tudo… e nos ajuda a conviver com a saudade…

  14. Responder

    Alessandra

    12 de novembro de 2015

    Nossa muito lindo,,,,,simplismente divino !!!!!grande escritora….

  15. Responder

    Mariana

    12 de novembro de 2015

    Forca E coragem!

  16. Responder

    Juliana

    12 de novembro de 2015

    Que toda a sua angústia se torne na paz que você tanto precisa! Força, força e força!
    Obrigada por compartilhar esse sentimento conosco! Força!

  17. Responder

    Raquel

    11 de novembro de 2015

    Nossa… traduziu muito o que vivi em 2011… também perdi minha irmã.. minha parceirona de vidas…e venho acreditando que de vidassssssss.
    E fui ler logo hoje, 11\11…. em 11\11\11 estava acompanhando a ambulância que a conduzia para seu último passeio (se podemos chamar de passeio)… não dava mais para seguir a mantendo em casa, foi para o hospital para fazer com mais tranquilidade e dignidade a última viagem… nossa…. como foi triste acompanhar aquela ambulância…
    Mas como disseste…. o tempo nessa situação pode ser nosso amigo… e concordo que para essa dor não a cura… não tem como ajeitar o desajeitado, temos que seguir dessa forma… e tentar SIM viver da forma mais linda possível… mesmo que seja desajeitado.
    Lindo teu texto… linda tua sensibilidade… grata por partilhar conosco…. e vambora…CORAGEM!
    Gratidão.

  18. Responder

    Natália L.

    11 de novembro de 2015

    Força viu e fica bem, ele está sempre ao seu lado (=

  19. Responder

    Emilia

    11 de novembro de 2015

    Antônia meus mais sinceros pêsames…que Deus alivie essa dor que sua família esta sentindo.!!! Já senti a falta dos sues textos e agora esta explicada essa ausência.!!!

  20. Responder

    Thais

    11 de novembro de 2015

    Nossa, me arrepiei com seu texto. Chegou a dar um nó na garganta, mesmo não conhecendo você e seu irmão… Não tenho irmãos, então não poderia dizer que já senti na pele essa dor que você está sentindo… mas tenho pais e filhos, então consigo sim ter um vislumbre do que é uma perda dessas… peço a Deus do fundo do coração que você recupere a alegria de viver… e como você mesmo disse, em algum momento estarão lado a lado outra vez… fique em paz!

  21. Responder

    Vall Santos

    11 de novembro de 2015

    Vou te deixar um carinho… <3

  22. Responder

    Nice Lazarotto

    11 de novembro de 2015

    Sinto muito pela tua grande perda Antônia,que você tenha força para amenizar esta dor e prosseguir … força e coragem!! Que Deus conforte seus corações!! bj grande

  23. Responder

    Adriana Chebabi

    11 de novembro de 2015

    Coragem menina. A dor do nunca mais é a pior. Quando meu pai morreu há quase 6anos, a sensação que tinha era de estar dirigindo um elefante e me vinha a imagem daquele desenho do livro do Pequeno príncipe, era exatamente daquela forma quee sentia. O tempo acalma o coração, mas cada um tem seu tempo. Guarde sempre com carinho tudo que viveram juntos. Um forte abraço, mesmo que virtual e mesmo sem te conhecer pessoalmente.

  24. Responder

    Dulce

    11 de novembro de 2015

    Não dá para falar muita coisa… A dor é dua, o momento é seu. Apenas quero lhe dizer que, um dia, vai ficar tudo bem e você vai se espantar de ouvir sua voz cantando… Saudades sempre existirão, sei disso, já perdi, de repente, um filho querido, meu primeiro amor.. Chorei com você. Antonia e peço à Jesus, ais Anjos que te protejam e a todos. Feliz viagem Leo e, quando estiver bem, curta, aproveita e ora por todos nós ❤

  25. Responder

    Christine Marote

    11 de novembro de 2015

    EStou triste por você. Tenho certeza que seu irmão está bem, e que vc irá superar essa fase, não sem dor… não sem lágrimas. Mas a vida vai continuar e você saberá deixá-lo ir embora da sua rotina, jamais da sua memória, da sua alma, do seu coração.
    Deus te abençoe, seus pais e seus irmãos que devem também estar sofrendo muito!
    Beijo

  26. Responder

    Linda Nunes dos Santos

    11 de novembro de 2015

    Antonia, se o Leuo tinha alguma dúvida que ele era MUITO AMADO por todos, agora ele não tem mais…ao contrário, ele deve estar dizendo: Mas que porra meu…quando este povo todo vai parar de chorar e ficar
    me chamando!
    Querida…o nosso Leuzinho foi um presente especial de Deus, encheu nossas vidas de amor, de bondade, de cuidado e de carinho, durante 26 anos 9 meses e 8 dias. Agora só nos resta aceitar e agradecer a Deus por ter nos escolhido como parte da história da vida do Leuo…fomos e seremos ainda uma família feliz, porque é assim que o Leuo gostaria que continuássemos sendo. E como dissemos ao Mateus e ao Murilo, sempre que olharmos para o céu estrelado…saberemos que ele estará lá, a nossa estrelinha…zelando por nós…até podermos estar todos juntos um dia! Te amo!

  27. Responder

    mari

    11 de novembro de 2015

    Antônia, sua linda! Como te disse no fb, estava sentindo falta dos teus textos e de vc. Porém, jamais poderia imaginar que a razão do seu silêncio era essa. Eu sinto muito, de todo o meu coração, pela sua perda. Sei que nada que eu disser vai diminuir sua dor. Só o tempo, esse maldito, cuidará do teu coração. Vc me ajudou qnd mais precisei e agora saiba que estou aqui para o que vc precisar. Meus pensamentos e orações estão com vc e sua família.Um dia, vc me disse: ” Espero que fiques bem.Vais ficar, eu tenho certeza (e tô na torcida)”. Pois agora repito o mesmo para ti. Um beijo enorme,
    Mari

  28. Responder

    Roberta

    11 de novembro de 2015

    Chorei do inicio ao fim, assim como me identifico com suas histórias, pude compartilhar também da sua dor. Antônia, Deus sabe de todas as coisas, e tenha certeza que nada é por acaso. Sou sua fã! Fica com Deus…

  29. Responder

    Gisélli

    11 de novembro de 2015

    Que Deus conforte com o coração de vocs “Line”…E obrigada por nos mostrar o quanto é importante demonstrar e dizer às pessoas que amamos o quanto elas são importantes. Força e paz!

  30. Responder

    patiborn

    11 de novembro de 2015

    Amiga linda, eu também estava esperando esse texto, eu sabia que você iria mais cedo ou mais tarde conseguir falar um pouco sobre esse momento tão delicado. Eu só posso te dizer uma coisa amiga, não pare, não pare nunca, não deixe que te calem porque o que você leva aos outros, ao mundo é muito bonito. E você vai levar conforto a muita gente com as suas palavras…
    Confie mesmo no tempo, vive o teu luto que é necessário e abrace a vida!
    um beijo grande

  31. Responder

    Bia

    11 de novembro de 2015

    Tudo vai ficar bem. Tenha certeza de que nós, que te lemos, sentimos muito, muito mesmo.

  32. Responder

    Verônica

    11 de novembro de 2015

    Sinto muitíssimo por sua perda. Senti tanta falta dos seus textos e torcia pra não ter acontecido nada que lhe fizesse parar de escrever. Não posso nem imaginar a dor que você e seus familiares estão sentindo no momento, mas por tudo que você escreveu você mostra ser uma mulher com muita força, que sabe dar valor a vida. Te desejo mais força ainda para lidar com essa grande perda neste plano, e que o Leo esteja em paz! Um grande beijo.

  33. Responder

    Hercilia

    11 de novembro de 2015

    Antonia , estava sentindo falta dos seus posts!
    Receba meu carinho, meu colo, cafuné e silencio amigo de quem mesmo sem conhece-la admira muito essa mulher irreverente e profunda.
    Sim, a viagem de retorno( não sei exatamente pra onde) é a unica certeza dessa vida!
    Léo estará sempre ao seu lado , dentro dos seus pensamentos, miocárdio e epiderme.
    Coragem para arejar os medos e amor pra continuar!
    Não nos deixe sem noticias suas!
    Beijo e abraço
    Sua fã,
    Hercilia

  34. Responder

    Tatiani

    11 de novembro de 2015

    Lindíssimo amiga!! De algum lugar o Léo está sentindo e recebendo todo esse carinho e amor.. Essa ligação forte de vocês jamais morrerá. Coragem e coragem!! Estamos junto.. Sempre!! Rezando por ti, pelo Léo e pela familia.
    (Aqui em Londres lembrando muuuito de ti, do quanto me recebeu bem.. E de como nos divertimos em tão pouco tempo).

  35. Responder

    Mirna Nunes

    11 de novembro de 2015

    É como é difícil arrancar do peito essa dor ! Só o tempo….só ele que vai amenizar essa dor da separação, essa dor da ausência …Força Antonia ! ❤️

  36. Responder

    J. Maurício V. L. Júnior

    11 de novembro de 2015

    Line….. Abraço grande! Aperto no peito por ti! Força, que O Consolador possa abraçar seu coração de uma forma que só Ele sabe!

    Bjo

  37. Responder

    Evandro

    11 de novembro de 2015

    Carinho. Te desejo nesse momento em que, partir, significa deixar a felicidade para quem ficou, curti-la muito, mas muito, em toda sua intensidade. Deixe partir. Paz.

  38. Responder

    Fe Fabian

    11 de novembro de 2015

    Você foi incrível, estou certa de que o Léo, mais uma vez, está orgulhoso de ti, como eu tive a honra de ver e conhecer ele tendo um olhar justamente de orgulho da irmã que tem. Não é invenção ou mentira, eu vi, eu observei ele, ele me chamou atenção pelo senblante atencioso e dedicado para você, mas, mais ainda de ver a irmã onde estava.
    Qualquer palavra nossa nada mudará, mas tuas palavras me fizeram chorar, outra vez. Vc é especial e, sei, que o Léo fez seu papel para te tornar e deixar assim a tua história. Mais uma coisa: eu já lembrava de vc quando ouvia essa música, pq vc me apresentou esse clipe, agora será de vocês.
    Conte comigo. Beijos com muito carinho, Fê

  39. Responder

    Renée

    10 de novembro de 2015

    Lindo, emocionante e sincero. Que teus passos, ainda que lentos, rumo a uma saudade mais confortável (o que ainda não sei se existe, porque tenho as minhas e me questiono diariamente sobre isso) sejam de luz e esperança, mas principalmente que tu não percas o teu compromisso em ser feliz para seguir enchendo-o de orgulho, onde quer que ele esteja! Um super abraço

  40. Responder

    Márcia

    10 de novembro de 2015

    Sinto muito!
    Um abraço cheio de carinho.

  41. Responder

    Keyla

    10 de novembro de 2015

    Antonia,
    A ausência de seus posts cheio de criatividade, ótima escrita e muito senso de humor me fizeram falta neste período de ausência! Eu te conheci através dos seus posts meses atrás quando passava por tristeza semelhante à sua quando perdi meu pai e meses depois meu avô… Vivo do outro lado do continente o que infelizmente impossibilitou estar ao lado de quem amo para me despedir e foi você quem fez dos meus dias menos dolorosos com suas estórias e peripécias.
    Só queria te dizer obrigada! Muito obrigada! Você foi a carga de energia que precisava a cada manhã…
    Estarei orando por você! 🙂
    Sinta-se abraçada…
    Um beijo carinhoso,
    Keyla

  42. Responder

    Maria

    10 de novembro de 2015

    Também tenho um irmão muito amado. Há que ser forte, fique em paz.

  43. Responder

    Priscila Schramm Gonsalez

    10 de novembro de 2015

    Lindo Antônia, esperei ansiosamente por este texto. Força! E que venham as histórias, tenho certeza que elas te ajudaram a lembrar e reviver momentos felizes ?

  44. Responder

    Ana Teté

    10 de novembro de 2015

    Senti tua falta, pensei tantas vezes em te escrever para “saber pq havia sumido”, mas meu coração disse: respeite o silêncio. Assim o fiz, agora sei pq. Eu sinto muito pela sua perda e dou a ti todos os meus sentimentos de amor, não pq lhe falta, mas pra q conforte a vc e a sua família.
    Um beijo no seu coração.

  45. Responder

    Ju

    10 de novembro de 2015

    Força querida Artonia! É dura deixar alguém partir, mas precisamos ter força para seguir e sempre lembrar dos melhores momentos e experiências! Fiquem bem!! S2

  46. Responder

    Mityan Hoshi

    10 de novembro de 2015

    Meus sinceros sentimentos Antonia. Forca! O Leo com certeza esta bem. 🙂

  47. Responder

    Shirlei dos Santos

    10 de novembro de 2015

    Sem palavras para tudo o que li chorei do começo ao fim e ainda estou,sei como doi a perca ,mesmo quando nos preparamos para ela como no caso do meu pai que morreu em três meses com 46 anos,escrevi esses dias sobre ele ,dentro de mim guardei a ideia de que ele realizou o último desejo dele que era ir para a cidade em que ele nasceu,então ele está lá e eu nunca mais voltei lá, e é lá que eu quero pensar que ele está, creia que a vida é uma viagem e hoje seu irmão está em outro ponto do caminho,força, eu acredito na sua força, sinta-se abraçada vc e toda sua família…

  48. Responder

    Andrea

    10 de novembro de 2015

    Lindo texto, emocionante, ele teve e sempre tera orgulho de ti… Chorei muito. Esperavamos ansiosamente que quebrasse esse silencio…. Que continue a nos ensinar a tua forma de amor atravez da Antonia!

  49. Responder

    Jackeline

    10 de novembro de 2015

    Muito emocionada! Acho que o Léo também deve estar sentindo todo esse carinho! Se cuida!

  50. Responder

    Camilla

    10 de novembro de 2015

    Lindo o texto! E principalmente linda a história de vocês dois. Tem muitas pessoas que passam a vida inteira sem encontrar um amor assim. Desejo que seu coração possa por vezes ficar dormente e que essa dor se torne em breve apenas saudade. Obrigada por compartilhar e nos fazer acordar e valorizar as pessoas que amamos. Ainda mais. Fica bem e saiba que estamos todos juntos nesse barco, mesmo que não pareça.

  51. Responder

    Cassandra Czer

    10 de novembro de 2015

    Lindo lindo lindo!!!!

  52. Responder

    Juliana

    10 de novembro de 2015

    Coragem, coragem e coragem minha amiga!?

  53. Responder

    viviane

    10 de novembro de 2015

    Sinto muito pela tua perda. Abraçao

  54. Responder

    Paolla

    10 de novembro de 2015

    Acompanho seus posts, gosto e me identifico com vários deles, mas nenhum me tocou tanto quanto o de hoje. A dor da perda, seja pelo motivo que for, eh sufocante. Não há o que fazer a não ser esperar que o tempo amenize essa dor e ajude a suportar a saudade.
    Lamento o que aconteceu com seu Leonardo, que ele tenha sido muito bem acolhido pelo povo lá de cima, e que vc e sua família tenham a força necessária para seguir em frente.
    Fiquem em paz. Um bj
    Paolla

  55. Responder

    Priscila Dexheimer

    10 de novembro de 2015

    Lindo demais <3 Coragem, amiga. A saudade sempre estará lá, mostrando o quanto o amor de vocês sempre foi e será forte. Estamos contigo :-*

  56. Responder

    Bia Mansur

    10 de novembro de 2015

    Força, Antonia. É a única coisa que posso dizer.

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Aline Mazzocchi
No divã e pelo mundo

De batismo, sim, Aline. Mas eu precisei do codinome Antônia - do latim "de valor inestimável" - para dividir minhas sessões públicas de escrita-terapia. O que divido aqui é o melhor e o pior de mim, tudo que aprendi no divã e botando o pé na estrada. Não para que dizer como você deve ver a vida. Mas para que essa eterna busca pelo auto-conhecimento, não seja uma jornada solitária, ainda que pessoal e intransferível. Então fique a vontade pra dividir o divã e algumas boas histórias comigo. contato@antonianodiva.com.br

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