Efemérides

RE // SOLUÇÕES

em
29 de dezembro de 2014

Chegamos ao final de mais um ano, e como é de praxe, pegamos nossas calculadoras para fazer a famosa contabilidade existencial. Pensamos no que ganhamos, no que perdemos, quem ganhamos, e quem perdemos. E como não poderia ser diferente, todo ano começa com um senso de urgência de fazer mais e melhor a todo o custo, e a nossa famosa lista de resoluções tem mais cara de “DEVIA” do que “QUERIA”.  Entrar (pagar) uma academia, perder 2 toneladas, parar de fumar, trocar de emprego, comprar uma casa, um carro, um tigre de bengala, etc, etc. Caracoles! Quanta responsabilidade, 2015! Tudo muito bacana e prático no papel. No papel.

Ok, agora jogue o papel fora, e escreva na areia o que você realmente espera, deseja, aspira, sonha com o ano novinho que nasce nas badaladas do dia 31. Já pensou quem você quer por perto? Ou como vai visitar aquela amiga que mora longe? Já listou os assuntos que tem atrasado pra falar com sua mãe? Ou o que quer ensinar pros seus filhos, irmãos, afilhados? É fácil lembrar-se de pagar as contas, mas você já parou pra pensar também nas promessas que quer pagar? Pra você, ou pra um alguém tanto quanto especial?

2014 foi um ano difícil. Teve muito ódio no ar. Eleições, mensalões, alemães. Credo. Foi um ano de se despedir, de gente famosa, gente querida, gente insubstituível. Foi um ano de luta contra a inflação, luta contra os preconceitos, luta pela sobrevivência. Da vida e da fé. Quem não se pegou desacreditado com o amanhã em algum momento neste ano? Eu sei que sim. Mas como todo bom cristão, eu peguei meus pedaços do chão, e me reinventei pra seguir forte até dezembro. Ahhh dezembro! Esse mês mágico de renovações. E aí chegamos na reta final com aquela velha dúvida, mais um ano que termina, mais um ano suado e superado…  será mesmo que são os quilos na balança que pesam tanto? Ou são as outras metas mais importantes que esquecemos?

Depois de calcular e recalcular as metas e objetivos, deitar e me revirar no divã, selecionei algumas resoluções para 2015. Esqueça as resoluções. O que estou propondo aqui são soluções mesmo. Estas aspirações que espero poder dividir com vocês, e com certeza pôr em prática com todos aqueles que fazem os meus anos bem vividos, valerem sempre a pena.

RESOLUÇÕES:

  1. Que 2015 seja um ano com menos whatsapp, e mais “alo?”;
  2. Menos selfies, mais self-confidence.
  3. Menos “a gente se fala” e mais “tô passando aí”.
  4. Menos dietas, e mais equilíbrio.
  5. Menos risquinhos azuis, e mais “pode falar, tô te escutando”;
  6. Menos banhos de água fria, mais banhos de mar agarrados;
  7. Menos iPhones, mais eye-contact;
  8. Menos neura, mais “se joga”;
  9. Menos anos bissextos e mais anos sabáticos;
  10. Menos pista bloqueada, mais pista de dança;
  11. Menos ondas da moda, mais ondas dropadas, mergulhadas;
  12. Menos culpa, mais masturbação.
  13. Menos eletricidade entre aparelhos, e mais eletricidade entre as pessoas;
  14. Menos desculpas, mais desafios;
  15. Menos mimimi, mais beijo na boca;
  16. Menos “não vou, tô com medo”, mais “vou sim, vou com medo mesmo”;
  17. Menos “tô cansada da reunião”, mais “sim, tô louca por um happy hour”;
  18. Menos roupa suja pra lavar, ou menos roupa, ponto (ambiguidade).
  19. Menos fofocas alheias, e mais histórias de autoria própria;
  20. Menos reclamações, mais atitude.
  21. Menos agrotóxicos, mais hortas de janela.
  22. Menos consumo de água, mais banhos acompanhados;
  23. Menos resmungos, mais suspiros;
  24. Menos expressão blasé, mais sorrisos convidativos;
  25. Menos contatos “do Face”, mais contato com o mundo;
  26. Menos “vou deixar pro momento certo”, mais “o momento certo é agora”.
  27. Menos pedras no caminho, mais caminhos sobre as pedras;
  28. Menos distância, mais áudios de madrugada dizendo “mesmo daqui, to pensando em você”.
  29. Menos “ele não me ligou”, mais “então ligo eu!”;
  30. Menos obrigações, mais família.
  31. Menos preocupações, mais praia.
  32. Menos “o que os outros vão pensar”, mais “quem me define sou eu!”
  33. Menos felicidade enlatada, mais felicidade cozinhada, com carinho e ingredientes selecionados.
  34. Menos limites, mais fronteiras cruzadas;
  35. Menos passado e futuro, mais presente.
  36. Menos peso nas costas, muito menos na consciência.
  37. Menos pés no chão, e mais cabeça nas nuvens – sonhar não é feio!
  38. Que em 2015 a gente não pule etapas, mas pule 7 ondas, cheias de desejos genuínos.
  39. Que em 2015 a gente não se preocupe em viver grandes amores, mas em viver momentos que amamos;
  40. Que em 2015 a gente tenha coragem de ser feliz; como nunca foi nos anos anteriores; e ainda assim, menos do que seremos em 2016, 2017, 2018 …

E que assim seja!

Um feliz ano novo para todos!

Espero de todo o coração que vocês possam aproveitar as resoluções que reuni no auge da sabedoria de quem não sabe muito da vida, mas que já sabe que tem o suficiente pra ser cada dia mais feliz.

Fim de ano.


 

Fim da sessão.

Palavras-Chave

6 de janeiro de 2015

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5 Comments
  1. Responder

    Ana

    10 de março de 2015

    Antônia..
    Fico lendo seus textos e imaginando como você deve ser 🙂
    A cada texto que eu leio, te dou uma característica diferente!

    Seu blog é apaixonante!! Que suas histórias, devaneios e aventuras nunca se acabem! Pois assim, teremos sempre doses de Antônia para alegrar nossa leitura!

    Parabéns!

    • Responder

      Antônia no Divã

      10 de março de 2015

      Sua fofa! Hoje o que me alegrou foram doses de Ana! beijocas

  2. Responder

    Ilza figueiredo Silva

    2 de março de 2015

    Estou amando as mensagens da Antônia. cada uma mais bonita que a outra. Parabéns!

  3. Responder

    Anônimo

    2 de março de 2015

    Linda demais essa mensagem!

  4. Responder

    Bárbara

    30 de dezembro de 2014

    Valeu Antônia! Com certeza partilho de muitas dessas soluções para 2015. O nosso ano e a nossa felicidade é a gente quem faz. E como faz!

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Aline Mazzocchi
No divã e pelo mundo

De batismo, sim, Aline. Mas eu precisei do codinome Antônia - do latim "de valor inestimável" - para dividir minhas sessões públicas de escrita-terapia. O que divido aqui é o melhor e o pior de mim, tudo que aprendi no divã e botando o pé na estrada. Não para que dizer como você deve ver a vida. Mas para que essa eterna busca pelo auto-conhecimento, não seja uma jornada solitária, ainda que pessoal e intransferível. Então fique a vontade pra dividir o divã e algumas boas histórias comigo. contato@antonianodiva.com.br

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