Carimbo

A viralização do byebye

em
3 de março de 2015

Confesso que fui pega de surpresa pela repercussão do texto                 “É preciso ir embora” publicado na semana passada. Foram quase 450mil acessos e tamanha interação que até mesmo o site precisou ir embora e saiu do ar por algumas horas. Eu fiquei inquieta, para dizer o mínimo.

Como estou aqui mesmo para questionar, me peguei pensando em algumas teorias para o que chamei de viralização do “byebye”.  Alguns gatilhos e análises me ocorreram:

(1) A teoria do barco afundando:

“Isto aqui tá uma merda, vou-me embora!”

Não sejamos inocentes. Indiferentes da crença sociopolítica de cada um, seja você direita, esquerda, em cima, em baixo, puxa e vai – existe um descontentamento geral e um senso de vulnerabilidade nacional muito grande. Sim, somos um país em momento de maremoto, e há quem diga que nosso casco está quebrado. Ok, isto pode motivar uma debandada geral, mas atenção. Que isto não seja o seu principal motivo para pegar as trouxinhas e pular do barco. Lembre-se, a grama do vizinho é sempre mais verde – mas somente até você pisar nela.

Confesso e reconheço que aprendi a amar o Brasil ainda mais quando o enxerguei do lado de lá.  Somos um país grande, heterogêneo e cheio de defeitos.  Ao mesmo tempo cultivamos qualidades que ninguém mais tem. Ninguém! Uma brasilidade linda, inventiva, rica e colorida que só se acha na terra descoberta por Cabral. O abraço amigo e sorriso largo a cada esquina – (sofri muito com abstinência de abraços). Além disso, devemos lembrar que quem navega esse barco (furado ou não) somos nós. Se for mau marinheiro aqui, vai ser também acolá. Então não fique gritando aos sete ventos que você quer cair fora porque não aguenta mais e           “a culpa é dos brasileiros”.  Novidade: Você também é brasileiro.

(2) A ditadura do intercambio:

“Vou fazer intercambio porque todo mundo faz”.

Há quem ainda caia nesta roubada. Intercâmbio ainda é relacionado com status, garantia de hierarquia corporativa e até mesmo tema de sertanejo e funk ostentação. Pois aqui vai um conselho de minha sábia mãezinha, você não é todo mundo! Não bote o pé na porta a não ser que seja um desejo genuinamente seu. Não minimize a experiência sendo um maria/joão-vai-com-as-outras.

Seja autentico na escolha dos termos, do lugar, do tempo e dos objetivos. Evite mudar de país para poder botar no currículo. Mude pra poder botar a mão na consciência daquilo que quer ser do futuro.  Eu escolhi a Inglaterra para virar uma Spice Girl ou alternativamente me casar com o Príncipe Harry (+ um MBA de bônus na experiência). E aí, quem aqui vai ousar questionar os meus motivos? Não interessa se é pra aprender uma nova língua, criar cabras ou entrar para a realeza – os motivos devem ser só seus.

(3) A fuga das galinhas:

“Preciso ir pra longe do meu ex / dos meus pais /da final do campeonato brasileiro”.

A pior e mais amaldiçoada razão para ir embora – querer criar distância física de algo com o que você não sabe/quer lidar. Não fuja de nada e nem de ninguém. Simplesmente porque não há como se esconder da pessoa mais importante nesta decisão: você. Faça do ato de ir embora um novo fim e um novo início, mas não se esconda de outras histórias, suas histórias – são delas que vais tirar o aprendizado para fazer melhor em oportunidades futuras.

E não fuja de você. Você até pode se reinventar, mas a gente não se livra da nossa essência. Você vai tentar se livrar dos maus hábitos, jurar comer melhor, tomar apenas Bourbon & Coke, passar fio-dental todas as noites.  Relaxe na expectativa. Você vai melhorar, vai sim, mas também vai aprender que muito do que você achou que ia mudar lá fora, era mais forte do que você. E desta forma vai passar a se aceitar. Acredite: é somente quando você se aceita, que está finalmente pronto para conseguir mudar. Irônico, não?

(4) Adeus Zona de Conforto:

“Mundão, fui!”

A única teoria que tem a minha campanha, e graças à sanidade mental da grande maioria, aquela com maior incidência. Vá embora porque você ousou sair da sua zona de conforto. E aceite: vai ser desconfortável!

Você vai descobrir mais rápido do que pensa que os desafios são imensos – desde as oportunidades de trabalho oferecidas (que pode envolver até limpar banheiros alheios), ou mesmo dilemas pessoais que você nunca achou que teria que lidar (como uma infestação de ratos na própria casa ou ter que explicar para um farmacêutico – que desconhece inglês ou doenças tropicais – que você está com um bicho geográfico na bunda). As lições são das menos às mais profundas.

O que você leva da experiência é impagável e atemporal, eu prometo. Afinal você vai gozar das vantagens da tal PERSPECTIVA, aquele avião lá em cima. E com isso, involuntariamente vai ter mais coragem de abraçar o mundo e enfrentar seus dilemas. Vai aceitar que muita coisa é passageira. Vai procurar estrutura e equilíbrio dentro do próprio peito, e não nas pessoas ao teu redor. E vai ter – para o resto da vida – a maldição de ter o coração sempre dividido em dois (ou mil). Entre cá e lá. Entre ir embora e ficar. Entre permanecer ou mudar. Vai ser sempre amargo e doce. Chegadas e partidas. Reencontros e despedidas. Afinal, não dá pra ter tudo fora da zona de conforto.

Mas se está convicto que está indo pelos motivos certos, vá embora sem medo. Vai porque você acredita mais na estrada, do que no destino. E também porque deve aprender a ser ótima companhia pra si mesmo. E se isso vale pra uma viagem, não se esqueça de que a verdade é a mesma para a vida:

(1) Você é capitão do próprio barco, tape os furos do casco, pegue no leme. Se vai errar as rotas algumas vezes, tudo bem, só não fique a deriva.

(2) Quem manda na sua vida é você. Lembre-se do que minha mãe falou, você não é todo mundo. Esqueça as ditaduras, faça as próprias regras.

(3) Não fuja de nada, nem de ninguém e muito menos de você. Se aceite para então mudar!

(4) E por fim, dá um “beijo e me liga” pra zona de conforto. Prometo que você nunca mais vai querer voltar lá pra dentro.

Fim da sessão.


 

Nota sobre os comentários enviados no post “É preciso ir embora”: Vi meus olhos brilhando com as interações do texto. Não apenas comigo, mas entre os autores dos comentários. Trocando ideias muito mais do que farpas. Dividindo histórias mais do que lados. Distribuído apoio, coragem e doses de incentivo.

Vocês são mesmo muito lindos! 

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32 Comments
  1. Responder

    Shaula

    14 de agosto de 2015

    Eu não conseguiria viver sem esses abraços. Amo isso aqui.

  2. Responder

    Bruno Inhudes

    15 de junho de 2015

    Minha mudança de país está marcada para o dia primeiro de dezembro de 2015. Ler esse texto e o “é preciso ir embora” me tranquilizou e muito! Já li mais de uma vez e fiquei mais calmo em saber que provavelmente eu não sou o único e ter dúvidas e medos em relação a tudo que se refere a uma mudança de país. Estou com muito medo, porém confiante… Parabéns pelos textos e pelo site! Obrigado..

    • Responder

      Roberta Alvarenga

      25 de julho de 2015

      Ola Bruno. Também já passei por isso e darei aqui minha modesta opinião: o medo faz parte por estarmos indo rumo ao desconhecido. Você não sabe como serão as pessoas, a comida, o modo de viver, enfim, são coisas que você só vai descobrir quando chegar lá!! Mas é exatamente aí que está a melhor parte, pois começamos a ver o mundo de forma completamente diferente, começamos a dar valor às pequenas coisas da vida. Hoje valorizo um simples bom dia, um abraço, um sorriso, cordialidade. O importante é tentar tirar todo o proveito possível desta nova fase!! Boa viagem!!! 😀

      • Responder

        Antônia no Divã

        4 de agosto de 2015

        Roberta,você é uma fofura! <3

  3. Responder

    paula

    14 de abril de 2015

    eu embarco dia 22 para a Irlanda, confesso que nao me canso de ler e reler esse texto e o ” é preciso ir embora” me fazem bem, alivio, assim como minha sessões de terapia. Eu estou há uma semana de embarcar, e nao consigo me animar, e sempre foi meu sonho, mas decepções amorosas e de amizades estao me colocando muito pra baixo. Mas os textos ajudam, preciso me conhecer, me encontrar e gostar de mim.

    • Responder

      Mari

      14 de abril de 2015

      Te entendo, Paula! Mas parabéns pela coragem! Eu estou querendo fazer intercâmbio tbm, mas como acabei de terminar um relacionamento, estou com medo rs

      • Responder

        Antônia no Divã

        15 de abril de 2015

        Paula e Mari, que bom que esse divã é bem democrático e promove esses encontros. Quem diria que duas estranhas estariam dividindo uma situação deveras íntima, não é? Tenho certeza que as respostas estão dentro de vocês, e o tempo vai ajudar nas escolhas. Nada é permanente exceto a mudança. E para quem já está com a mala pronta, Paula, não deixe de aproveitar essas ótima oportunidade pra iniciar uma linda história com um cenário todo novo. Essa mudança, provavelmente vai te dar coragem pra muitas outras. Vai na fé! Mari, tenho certeza que uma hora esse sonhado intercâmbio vai se realizar. Tudo a seu tempo! Coragem, menina!! beijos nas duas

  4. Responder

    Mari

    21 de março de 2015

    Antônia, sua linda! Sempre tive vontade de fazer um intercâmbio, mas nunca tive a tal da coragem! Até por falta de apoio msm. Hoje penso seriamente que chegou o momento de arriscar, pq desde que me formei me acomodei por não amar minha profissão e fui vivendo infeliz por isso. Como se não bastasse isso, ainda terminei um namoro recentemente, o que tem me trazido dias ainda mais difíceis. Tenho medo de ir e ficar depressiva. Porém acho que chegou a hora de adentrar na estrada do autoconhecimento. Adoro seus textos e deixo aqui como sugestão que vc escreva um artigo sobre sua preparação para o intercâmbio. Londres tbm sempre foi meu sonho, mas é financeiramente enviável 🙁
    beijos

    • Responder

      Mari

      21 de março de 2015

      ops *inviável! my bad haha

    • Responder

      Antônia no Divã

      23 de março de 2015

      Oi Marianna! Sua linda! Acho que vale você trocar uma ideia com quem já foi, e considerar opções mais viáveis em termos de money – tem vários programas de intercâmbio em inúmeras áreas de atuação, e conheço muita gente que viajou 6 meses inteiros trabalhando em fazendas pelo sul da França e da Espanha. Se você não pretende ordenhar vacas e fazer queijo pra garantir a estadia, sugiro casas de estudantes, ou mesmo couchsurfing. Vou pensar nessa pauta com carinho e ver que infos consigo juntar pra ajudar. De qualquer forma, não desanima, te informa e se for desejo mesmo, METE O PÉ. Beijocas

      • Responder

        Mari

        24 de março de 2015

        Maravilhosa <3 obrigada pela resposta!beijinhos!

  5. Responder

    Gisélli

    20 de março de 2015

    Intenso! Emocionante! Real!!! Sem mais (e precisa???!)…rs

    • Responder

      Antônia no Divã

      20 de março de 2015

      🙂

  6. Responder

    Cristiane

    18 de março de 2015

    Estou amando os seus textos. Comecei a ler com o compartilhamento do “é preciso ir embora” no facebook e estou lendo todos do blog. Parabéns pela sensibilidade. Esta me ajudando muito nesse momento de crise existencial.

    • Responder

      Antônia no Divã

      18 de março de 2015

      Cristiane, passamos todos por estas fases. Acho que se passarmos de mãos dadas é mais fácil, não é?! 🙂 Volta sempre! beijos

  7. Responder

    Vanessa I. De Assis Bayersdorfer

    13 de março de 2015

    Olá Antônia,

    Primeiro gostaria de dizer que seu espaço aqui é maravilhoso, e o descobri pelo texto “é preciso ir embora”.
    E por segundo, decidi comentar neste post, porque quem sabe, tenha mais chances de você ler o que gostaria de compartilhar.

    Passei em um seletivo da minha universidade em outubro do ano passado, para fazer um semestre do meu curso, aqui no Chile. Eu estava mais para lá do que para cá, naquela de “vou? não vou?”, e acabou que tive muitos amigos e familiares que fizeram o mesmo que você fez com sua amiga, dizendo que me colocariam no avião nem que fosse amarrada.
    Me vi naquele texto e nesse porque enquanto estava em casa, morria de medo de vir, e agora que cá estou, tenho que agradecer àquelas pessoas que insistiram para que eu viesse.
    E o melhor de tudo, e que eu não fazia ideia, era de que a gente nunca mais é a mesma pessoa depois de uma viagem assim. Agora eu quero mais, mais do mundo, e mais do meu próprio país que eu não percebia o quanto era rico, bonito e com pessoas de bom coração.

    Parabéns por conseguir pôr em palavras o que muitas pessoas não conseguem, e fazer com que tenham ideia de como são ótimos os novos ares, porque pelo menos uma vez na vida “é preciso ir embora”…

    • Responder

      Antônia no Divã

      13 de março de 2015

      Parabéééns pela coragem Vanessa. Tenho certeza que vai ser tudo de lindo! Beijocas, Antônia. ps: volte sempre!

  8. Responder

    Samirah

    6 de março de 2015

    Fui descobrir o site com o seu texto “É preciso ir embora”, amei o texto, simplesmente me tornou mais segura em relação as descisões q tenho tomado.
    Estou prestes a fazer uma viagem sozinha de independencia.
    Não ha nada q me motive além da vontade de tentar algo novo.
    Amo minha familia, meus amigos e meu pais, não tenho absolutamente nd a reclamar da minha vida.
    Enfim, super me identifiquei com os teus textos, pricipalmente este e “É preciso ir embora” .
    Vou continuar acompanhando os posts pq achei tds mto bons!!

  9. Responder

    Enelri

    5 de março de 2015

    Muito bom Antonia!! Estava precisando do ponto 3 primeiro texto. Parabéns mesmo!!! 😀

  10. Responder

    Aline

    4 de março de 2015

    Mais uma vez seu texto foi incrível!!!! E concordo totalmente…confesso que no início queria sair do Brasil por estar insatisfeita com tudo e todos, mas com a proximidade da viagem percebi que só isso não iria me manter segura fora daqui….não podia ir embora só por estar achando que não tinha nada de bom, até pq como você mesma disse faço parte disso, e direta ou inderatemente contribuo para o que acontece!!!!! Então passei a refletir sobre o que eu buscava encontrar e pela primeira vez percebi que decidir ir não quer dizer que aonde estou, está bom ou ruim, é por uma questao muito pessoal, algo que nem todos vão entender, e que eu mesma naquele momento posso não saber ao certo o que é… A única certeza é que eu vou buscar!!!!!

  11. Responder

    romeu

    4 de março de 2015

    Me surpreende ter descoberto apenas agora este teu potencial poético/filosófico depois de tantos tempo de convivência.

    Estás arrasando.

    Beijos

  12. Responder

    Anônimo

    4 de março de 2015

    A maneira com que escreve é muito autêntica, e de fácil leitura. Por mais que sejam “temas” por vezes complicados, você passa a leveza da leitura e praticidade com as situações cotidianas. Sua linguagem encanta. A forma com que coloca as palavras é sábia. Continue escrevendo 😀

  13. Responder

    Mariana Mali

    4 de março de 2015

    Antonia,
    Acabei de conhecer seu site (através do “é preciso ir embora”) e já estou apaixonada pelo seu jeito de escrever e ver a vida.
    Suas experiências que permitem compartilhar de uma forma didática, a maneira como constroi as frases e as palavras e senso de humor que utiliza me deixou impressionada – mesmo porque dificilmente consigo me prender em grandes textos.
    Ele já é uma estrelinha no meu bookmark e uma curtida no meu fb.
    Parabéns,sou mais 01 fã do seu trabalho.
    Um abraço e sucesso 🙂

  14. Responder

    Christine

    4 de março de 2015

    Merecido esse ‘fenômeno’! Seu texto é ótimo… e esse complementou o anterior, pois colocou item por item o que alguns teimam em não entender… e é bem isso: quem nunca mudou de casa na vida (isso mesmo, mudar de casa, na mesma cidade) jamais vai entender o que é se adaptar, se reinventar, e tudo mais que vc descreveu brilhantemente!
    Parabéns!
    Abraço e muito sucesso!

  15. Responder

    Luciana Lucena

    3 de março de 2015

    “É preciso ir embora” foi o primeiro texto teu que eu li. E amei.
    Fui embora do Brasil há 10 anos, e só depois de 15 dias que estava fora é que fui desarrumar minhas malas. E depois disso, já fui embora duas vezes. E agora quero ir embora de novo, com outro destino, e com a certeza que vou desarrumar as malas assim que me instalar!
    Fora, zona de conforto!
    “Você vai descobrir mais rápido do que pensa que os desafios são imensos…”
    ….mas…
    ” O que você leva da experiência é impagável e atemporal…”
    Adorei te conhecer! Um abraço! Ainda sinto muita falta…;)

  16. Responder

    Filipe Costa

    3 de março de 2015

    Encontrei seu site em um compartilhamento no Facebook e já li todos os seus textos. Amei cada um e digo, quando eu crescer, quero saber expressar meus sentimentos através das palavras assim como você! Parabéns por tanta coisa linda! Virei fã!!!!!

    • Responder

      Anônimo

      5 de março de 2015

      Antônia, bendita seja!

  17. Responder

    Marta Tajra

    3 de março de 2015

    Ok Antônia, agora sim, o texto está completo. Vc colocou brilhantemente o que faltava no primeiro. Falo por experiência propria, pois aos 18 anos zaspei de minha terra natal, família, amigos, papagaio…para viver uma intensa e incrível experiência sozinha…do outro lado do Brasil. Quer dizer, nem precisei sair do país. Foi algo que valeu a pena e que apesar de todos os pesares valeu para minha vida e ainda continua valendo até hoje. Eu queria ter esta experiência e tive. Esse deve ser o único e real motivo. Tenho mais de 50 anos hoje, e continuo querendo zarpar, voar, ir embora. É uma coisa inesquecível e necessária nesse mundo que se quer ou se acredita tão estático.

  18. Responder

    Vivian

    3 de março de 2015

    Excelente contraponto! Parabéns pela sensibilidade!

  19. Responder

    Mirna Nunes

    3 de março de 2015

    Tenho duas filhas, Camilla e Vanessa. A Camilla fez intercâmbio, sempre foi mas atirada e desprendida, e eu pensei que ela fosse me dar bye bye. Porém, me enganei redondamente, pois a Vanessa que sempre foi a mais apegada, amorosa e medrosa mora na Australia há 6 anos e já casou-se com um indiano . Penso que a Camilla não foi morar fora, até agora, pra não sair da sua zona de conforto e que ela é feliz aqui, gosta do seu país , apesar dos pesares! Adorei os esclarecimentos a respeito do seu texto “Eu preciso ir embora”, porque muitas vezes as pessoas não sabem ao certo porque querem tanto mudar de vida; mudar de pais, mudar de cidade….Elas se esquecem, muitas vezes, que
    mesmo indo longe, vão carregar seus problemas, sofrimentos, mágoas etc….quero dizer que não deixarão sua essência. …Elas precisam saber o porque dessa ida, quais os objetivos…e principalmente aprenderem que a vida, seja aqui ou ali, não é um mar de rosas ! Adorei te conhecer !

    • Responder

      Antônia no Divã

      3 de março de 2015

      A Camilla e a Vanessa são duas filhas de muita sorte! Adorei te conhecer também! Volte sempre!

  20. Responder

    Dulce

    3 de março de 2015

    Mais uma vez Antônia o seu post me ajudou e muito… estou nessa indecisão. Quero voltar e, ao mesmo tempo, tenho receio de sair da minha “zona de conforto” que, no meu caso, é a cidade aonde moro, Londres…
    A Vida é mesmo feita de chegadas e partidas e temos que saber que para ganharmos alguma coisa, precisamos abrir mão de outras… o que sempre vai implicar em sofrimentos…
    Obrigada por me fazer pensar, principalmente, por que motivo sai do Brasil e por me dar coragem para voltar. Preciso muito!
    Beijos e fica na Paz!

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Aline Mazzocchi
No divã e pelo mundo

De batismo, sim, Aline. Mas eu precisei do codinome Antônia - do latim "de valor inestimável" - para dividir minhas sessões públicas de escrita-terapia. O que divido aqui é o melhor e o pior de mim, tudo que aprendi no divã e botando o pé na estrada. Não para que dizer como você deve ver a vida. Mas para que essa eterna busca pelo auto-conhecimento, não seja uma jornada solitária, ainda que pessoal e intransferível. Então fique a vontade pra dividir o divã e algumas boas histórias comigo. contato@antonianodiva.com.br

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